O que você pensa quando ouve falar de coaching? Talvez imagine uma conversa bem estruturada, com um passo a passo descrito em apostilas ou livros, que envolve fazer exercícios e lições de casa. De fato, esse é um dos modelos de coaching, mas não é a único.
Esse modelo estruturado de coaching foi criado nos Estados Unidos e rapidamente se tornou a principal referência na área, tanto no Brasil quanto no mundo. Ainda hoje muitas pessoas não conseguem imaginar um processo de coaching sem regras e exercícios predeterminados. No entanto, este não é o meu jeito de fazer coaching, por exemplo.
O grande problema é que existe pouca discussão sobre os diferentes modelos de coaching. Por conta disso, muitas vezes a escola americana prevalece como o único modelo a ser seguido. Assim, quem não se identifica com tal padrão acaba descartando o coaching, sem saber que existem outras abordagens possíveis.
O melhor coaching para você
Na minha visão, a escola norte-americana funciona para resolver questões pontuais. Seu foco é em gerar resultados precisos e mudanças específicas. O formato estruturado também facilita a compreensão e aplicação da metodologia sem a necessidade de formação prévia. Isso talvez explique sua grande popularidade.
Do modelo norte-americano para o baseado na psicanálise existe um salto significativo. Melhor dizendo, um mergulho. Isso porque o coaching com base na psicanálise não enxerga apenas a ação ou o momento pontual. Neste caso, objetivo é agir nos fatores que motivam essas ações, para gerar uma transformação profunda e ampla.
Para mim, esta é a diferença entre mudança e evolução. E é por isso que sempre apliquei o coaching com base em meus conhecimentos teóricos e práticos em psicanálise. Durante minha trajetória, conheci autores que fundamentaram esta prática, como o consultor chileno Julio Olalla e o psicanalista holandês Manfred Kets de Vries.
Então, eu volto à pergunta inicial: o que você pensa quando ouve falar de coaching? E mais, sabendo que existe mais de uma forma de fazer este processo, qual é o coaching que você gostaria de fazer? A escolha é sua!