Sempre considerei a compaixão um valor essencial na vida pessoal e profissional. Neste momento de crise, tenho observado com alegria pessoas e empresas fazendo o que podem para apoiar os mais vulneráveis, com doações e outras iniciativas solidárias. Mas e quando a pandemia acabar? Será que essa visão será incorporada no nosso dia-a-dia e nos negócios?

Antes de mais nada, é preciso entender que compaixão é não apenas identificar e valorizar a dor do outro, mas também fazer algo para diminuir este sofrimento. Pare e pense em que ações você e a sua empresa têm feito neste sentido. E mais: se este cuidado faz parte do seu propósito pessoal e profissional, bem como da sua empresa.

Ao falar sobre os impactos da saúde mental nos negócios, fiz um questionamento sobre o que faz a roda girar. Diante dos efeitos cruéis da epidemia de Covid-19 na vida das pessoas, essa reflexão ganha uma nova camada: qual é o sentido e o objetivo de fazer a roda girar? Ou seja, que valores estão por trás da atuação das empresas e que impactos positivos os negócios geram para a sociedade.

Liderança com compaixão

Recentemente participei de um webinar com o consultor Pedro Mandelli, que escreveu um artigo sobre protagonismo consciente aqui no blog. A convite da International Coaching Federation (ICF), ele discutiu os desafios das empresas antes, durante e depois da pandemia. Recomendo assistir ao vídeo completo do bate-papo, que está disponível no YouTube:

Segundo Mandelli, já existia uma crise de liderança pré Covid-19. Essa situação pode se agravar ou não, dependendo da postura que os líderes assumirem daqui para frente. A recomendação do consultor é para que sejam mais presentes, autênticos e capazes de compartilhar vulnerabilidade.

Na sua visão, quem não souber trabalhar protagonismo e reputação chegará ao fim desta crise apenas como sobrevivente. E terá sérios problemas para se manter ou se recolocar no mercado. Eu concordo e vou além: a compaixão deve ser a base para a construção de reputação e protagonismo. Isto é, poder contribuir de forma efetiva para minimizar os problemas sociais e ambientais a partir da nossa carreira e dos nossos negócios.

Meu convite para os líderes é construir uma reputação que vá além dos ganhos pessoais e empresariais e possa ajudar a diminuir a desigualdade social, por exemplo. Isso com certeza será um diferencial na sua vida, na sua carreira e na reconstrução de um mundo melhor.

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